terça-feira, 10 de janeiro de 2012

UM DIA DE FÚRIA


Polícia identifica suspeito de fuga alucinada em São Paulo
Ele saiu de casa com um pistola automática e munições nas mãos. Deixou a namorada dormindo e foi embora. Roubou carros e bateu mais de uma vez, atirou aleatoriamente nas pessoas e nos veículos que trafegavam pela zona sul de São Paulo e sumiu, deixando para trás dois baleados, automóveis destruídos e paulistanos em pânico. Começa assim o roteiro da investigação da polícia sobre o suspeito de protagonizar a fuga alucinada num percurso de 40 quilômetros entremeada por tentativas de assassinato, na madrugada desta segunda-feira. Ele é um administrador de empresas. Transtornado e aos gritos, segundo as vítimas, ele atirou a esmo em plena avenida Tancredo Neves, no Sacomã, após bater um táxi roubado contra outro automóvel. A saga começou às 5h20, na avenida dos Bandeirantes, no sentido da rodovia Anchieta. Ali, quase em frente à pista do aeroporto de Congonhas, o administrador abandonou seu Corolla blindado, segundo a versão da polícia. Com a arma em punho, foi até o semáforo fechado e mandou o taxista Elias da Silva, 37, e uma passageira descerem do carro, um Meriva. Antes de qualquer reação, ele atirou várias vezes no lado da passageira. "Ele estava alucinado e queria fugir dali", disse Elias, que saiu do carro, ajudou a passageira a sair e viu o atirador partir. Em alta velocidade, o atirador chegou com o Meriva na avenida Tancredo Neves. No cruzamento com a avenida Nossa Senhora das Mercês, ele bateu o táxi em um Fiat Brava, dirigido pelo instalador de TV a cabo David Neves, 29, que estava com a mulher, Hérika, e o filho Thalles, de dois meses. O carro foi lançado 50 metros adiante. "Meu filho ficou prensado contra o banco do motorista. A cadeirinha o salvou. Foi um horror", desabafou Neves. Testemunhas dizem que o atirador desceu do carro e voltou a disparar. Manuseava a pistola com técnica, afirmam as pessoas ouvidas pela polícia. A vítima seguinte foi o eletricista Emiliano Borges, 50, que estava dentro de sua Ecosport, acompanhado de sua mãe. Ele foi atingido na barriga. "Ele gritou 'sai que eu tô em fuga, filho da puta', e atirou contra a porta várias vezes", contou Borges a familiares no hospital, ontem. Mas o atirador não conseguiu ligar a Ecosport e partiu em direção a outras vítimas. No meio da Tancredo Neves, atirava contra tudo e todos. Atravessou a via e correu em direção ao Logan do engenheiro Ademir Guerreta, 61, que seguia no sentido marginal. "Ele chegou e atirou. Tive tempo de desviar a cabeça e pôr a mão. O tiro pegou de raspão", contou ele, mostrando o ferimento. Fonte Folha UOL 09.01.2012. 
Se o motivo dessa estupidez não for drogas químicas, a reação desse pobre imbecil é a conseqüência da vida maluca nas grandes cidades que exigem das pessoas o equilíbrio emocional para não atingirem a esse ponto.

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