terça-feira, 29 de novembro de 2011

O PAPEL DO ASPONE

Assembleia cria funcionários 'quase fantasmas'

Lideranças do Legislativo nomeiam pessoas que trabalham no interior, embora a função não seja prevista nesse tipo de gabinete. Funcionária comissionada da 2.ª secretaria da Assembleia Legislativa de São Paulo desde março de 2009, a estudante de publicidade Camila Joly, moradora da cidade de Santa Gertrudes, a 160 km de São Paulo, afirma que viaja diariamente à capital para exercer o cargo na sede do Palácio Nove de Julho. O chefe de gabinete da 2ª Secretaria, Edinilson Vicente, superior de Camila, no entanto, assegura que ela trabalha no gabinete estendido do deputado Aldo Demarchi (DEM), 2.º secretário, em Rio Claro. Na quinta-feira, o Estado alcançou Camila pelo telefone na sede do jornal A Cidade, de Santa Gertrudes, onde ela trabalha como repórter. "Na verdade eu trabalho aí mesmo (em São Paulo). Mas eu presto alguns serviços aqui, como se fosse um bico. Vou todos os dias para São Paulo. É que hoje calhou de você ligar e eu estar aqui", disse Camila, que também faz faculdade em Rio Claro. Ela não foi à Assembleia nem na quinta e nem na sexta. Procurado, Vicente afirmou que a estudante, assim como dois parentes dela, trabalham no interior. "Todos eles trabalham em Rio Claro, na região do deputado." Demarchi não atendeu as ligações em seu celular. Fonte: O Estadão 27.11.2011
O aspone é nomeado por imposição e por não ter lugar fixo para se instalar por excesso de contingente é obrigado a agir como rato subterrâneo, evitando aparecer em lugar público para não ser aniquilado.

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