Quando foi obrigado a se aposentar da presidência da CBF, acusado por inúmeras falcatruas, Ricardo Teixeira deu sua última cartada, e para variar, envolvendo dinheiro. A CBF vendeu e até já recebeu por isso os direitos de transmissão das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 e da Copa do Brasil masculina e feminina de 2015 para a empresa de marketing esportivo de Kleber Leite, empresário e amigo de Ricardo Teixeira, ex-presidente da confederação. A negociação aconteceu pouco antes de o cartola deixar o cargo, segundo cópia do balancete da entidade. A CBF recebeu R$ 4,025 milhões referentes a "antecipação pela cessão de direitos comerciais e outras avenças a Klefer Ltda dos jogos do Brasil pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018." A mesmo empresa pagou R$ 1,335 milhão como adiantamento pelas duas versões da Copa do Brasil de 2015. Dessa forma, a aposentadoria concedida ao mascateiro Ricardão foi a maneira encontrada para calar a imprensa e jogar no esquecimento a podridão que envolve o futebol no Brasil e no mundo. Assim como seu ex-sogro João Avelange, Ricardo Teixeira se aposenta milionário e reforça ainda mais aquela velha tese de que o crime compensa desde que o povo consente pacificamente.
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