segunda-feira, 19 de março de 2012

QUANDO O FANATISMO FALA MAIS ALTO

Mulheres sequestradas no Egito foram libertadas, diz pastor.
O pastor Dejair Batista Silvério, de 60 anos, afirmou na noite deste domingo (18) que a filha dele Sara Lima Silvério, de 18 anos, e a amiga Zélia Magalhães de Mello, de 45, foram libertadas no Egito. O Itamaraty confirmou a informação. "Ela está viva. Falei com ela por telefone e ela disse: 'Pai, estou bem", afirmou o pastor, em entrevista ao G1, por telefone, do Egito. Segundo ele, Sara e Zélia, que foram liberadas sem ferimentos, serão levadas para o hotel onde o grupo da excursão foi hospedado. Todos fazem parte da Igreja Evangélica Avivamento da Fé, que tem sede em Osasco, na Grande São Paulo. As duas foram levadas por beduínos que "metralharam" o ônibus onde eles estavam, a caminho do Monte Sinai. "Foi algo impressionante", desabafou o pastor, após saber da notícia da libertação. 

Terceiro caso

Vários casos parecidos, envolvendo estrangeiros, ocorreram na região em 2012. Em fevereiro, beduínos sequestraram três turistas sul-coreanos, pouco depois de um crime similar contra duas americanas e um guia egípcio, com a exigência de libertação de companheiros detidos. Os turistas e o guia foram libertados rapidamente e sem ferimentos, assim como 25 trabalhadores chineses que haviam sido sequestrados em janeiro e que ficaram cerca de 20 horas como reféns. Beduínos foram presos por conta de envolvimento em atentados praticados na região entre 2004 e 2006, que mataram cerca de 130 pessoas. Além de pedir a libertação dos companheiros, os beduínos também relatam descontentamento em relação à maneira como são tratados pelo governo provisório egpcio, no poder desde a queda do ditador Hosni Mubarak no ano passado. 
Os beduínos pegaram em armas para ajudar a rebelião que derrubou Mubarak, mas consideram que não foram recompensados por isso pela junta militar egípcia. Isso aumentou a tensão e a violência na região, com com ataques a delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam gás ao vizinho Israel. A pouco habitada região abriga a maioria dos luxuosos resorts egípcios, ao mesmo tempo que é o local de moradia de grande parte da pobre população beduína. (G1 18.03.2012) 
Se a situação do país dos faraós está como um barril de pólvora, onde sequestros de estrangeiros estão se tornando corriqueiros, por que então esses fanáticos se metem a fazer turismo naquele inferno? É muita ingenuidade, para não dizer burrice!

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